Por CASCAIS24
Em atualização
O julgamento, em processo sumário, do vereador municipal Clemente
Alves, detido esta terça-feira, nos incidentes na Quinta da Carreira e agendado
para esta quarta-feira, de manhã, no tribunal de Cascais, poderá baixar a
inquérito, apurou Cascais24.
Clemente
Alves é acusado nos autos policiais de resistência e coação às autoridades, mas
o tribunal, a defesa e o Ministério Público, pela “complexidade” e pelos
“contornos” que acabaram na detenção, poderão vir a considerar o julgamento sem
efeito.
A
acontecer, o processo baixa a inquérito e caberá mais tarde ao Ministério
Público (MP) a decisão final de acusar ou arquivar.
Para já,
as versões que culminaram nos incidentes são bastante contraditórias.
Clemente
Alves participava, a convite de moradores, no protesto popular contra os
trabalhos em curso na Quinta da Carreira. Cerca de 20 pessoas bloquearam,
pacificamente, máquinas e veículos pesados com materiais.
O vereador
da CDU e candidato à presidência da Câmara Municipal nas autárquicas de outubro
afirma que, quando a força da PSP chegou, sob o comando de um subcomissário e
pela “forma intempestiva como fui abordado, parecia que trazia ordens para me
levar...O alvo era eu, única e exclusivamente!”.
“Este graduado da PSP dirigiu-se a mim de uma forma agressiva, instando-me a
abandonar o local. Identifiquei-me como vereador, estávamos num protesto
pacífico, mas continuou a dizer repetida e agressivamente: 'saia daqui
imediatamente'. Identifiquei-me com o Cartão de Cidadão e até lhe entreguei a
carteira com os documentos. Questionei-o sobre o porquê daquele aparato.
Depois, deu-me um primeiro empurrão e a seguir um segundo. Caí ao chão e um
conjunto de agentes policiais algemou-me e levou-me para a esquadra da PSP do
Estoril", relatou Clemente Alves.
Já fonte do Cometlis, citada pela
agência Lusa, afirma que “os agentes tentaram que o vereador abandonasse o
local, mas este tratou mal um polícia, desobedeceu às ordens e resistiu. Foi
detido e levado para a Esquadra do Estoril”. Outra fonte fala em que foi o
vereador a dar um “forte empurrão” ao polícia, que “ele andou uns bons metros
para trás”, dando-se a seguir o recurso ao uso da força “estritamente
necessária” para o manietar.
Clemente Alves acabou por ser
libertado mais tarde, embora notificado para comparecer esta manhã no tribunal
de Cascais para ser julgado em processo sumário.
Os factos testemunhados e as provas existentes em vídeo, som e fotografias recolhidas desmentem totalmente a versão da polícia de Cascais, cujo enredo serviu para a construção da inverdade divulgada pelo Comando Metropolitano e depois republicada nalguns órgãos de comunicação social, escrita e televisiva.
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