Por CASCAIS24
Uma queixa contra a Câmara Municipal de Cascais foi
entregue esta sexta-feira junto dos Serviços do Ministério Público (MP) por um
grupo de munícipes, moradores na Quinta da Carreira, em São João do Estoril, que
defende a "reversão do parqueamento automóvel", que está a ser
construído pelo município.
Na queixa, à qual Cascais24 teve acesso, este grupo de
munícipes afirma que "estão a decorrer
obras na Quinta da Carreira, confinantes com a Ribeira de Bicesse e a Rua Homem Cristo, para construção de um
denominado “parque de estacionamento” com
elevada ocupação do solo, as quais levantam fundamentadas dúvidas acerca da sua legalidade".
Ainda de acordo com a queixa
formalizada junto do Procurador-Adjunto do MP, os munícipes revelam que
"os trabalhos decorrem em zona de Reserva Ecológica Nacional (REN),
referenciada no PDM de Cascais incluída em regime de REN, integrando
subsistemas correspondentes a leitos e margens dos cursos de água, a área
estratégica de protecção e recarga de aquíferos e zonas ameaçadas pelas
cheias".
Para este grupo de munícipes,
"este espaço é, desde há muito, reivindicado pelos moradores como local a
ocupar com zonas verdes públicas que salvaguardem os valores ecológicos,
ambientais e de lazer, de que a freguesia se encontra carente, inviabilizadas
com a pretendida implantação de um volumoso parque de estacionamento".
Asseguram os munícipes na
queixa apresentada, que "os trabalhos decorrem em Domínio Hídrico da
Ribeira de Bicesse que desagua no mar"e, alegam, ainda que dadas "as
limitações de vazão das águas para o mar, e o reduzido diâmetro do sistema de
escoamento pluvial, aliado a uma cota bastante superior dos lancis que estão a
ser aplicados na obra, irão implicar problemas sérios de inundação no
construido existente".
Os moradores falam, ainda, na
existência de um "depósito de armazenamento de gás butano no mesmo
espaço".
Na queixa, o grupo de moradores
acrescenta que "as obras começaram sem que qualquer identificação e
informação sobre as mesmas tenham sido afixadas e/ou também previamente
informadas junto da população, incorrendo ainda em desrespeito das normas de
segurança para trabalhadores e transeuntes".
Este grupo de munícipes
salienta, também, que "perante a ausência repetidamente solicitada de
esclarecimento" junto da Câmara Municipal de Cascais e Junta de Freguesia
de Cascais e Estoril, "têm vindo os munícipes a procurar valer os seus
direitos, tendo para o efeito sido apresentada uma queixa ao Provedor de Justiça
e lançada uma Petição Pública", que conta neste momento com mais de 1000
assinaturas.
Finalmente, na queixa, os
moradores afirmam que "o desconforto causado" pela situação
"originou uma tomada de posição dos moradores no espaço em causa",
referindo-se ao protesto popular que veio a culminar com a detenção de Clemente
Alves, vereador da CDU e candidato ao município nas autárquicas de outubro.
Em democracia quando os direitos são espezinhados tem de se afastar o fautor. De facto, a democracia tem se ser construída todos os dias. Quem pretende auferir de privilégios para si e para os seus lançando calúnias e ordenando violência cobarde sobre munícipes que não se conformam com a arbitrariedade e a ilegalidade não merece o respeito dos seus concidadãos. Urge esclarecer o que se passa no secretismo das decisões com uma auditoria à Câmara e a todas as empresas municipais.
ResponderEliminarAinda bem que há gente sem medo e denunciar ilegalidades, prepotências, mentiras.
ResponderEliminarÉ Imperativo acabar com o regime anti-democrático que vigora em Cascais.